Espaço para os pequenos

Orientação quanto às regras de boa convivência das crianças com vizinhos deve vir de casa

Assim, transtornos maiores em condomínios residenciais podem ser evitados

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postado em 19/10/2017 15:11 Herlane Meira* /Estado de Minas
Maurenilson Freire/CB/D.A Press

Conviver em harmonia dentro de um condomínio residencial nem sempre é uma tarefa fácil. Principalmente quando envolve dividir o mesmo espaço entre adultos e crianças. Correria dentro dos apartamentos ou pelos corredores, brincadeiras na garagem, gargalhadas e gritaria são atividades comuns entre os pequenos, mas que podem gerar incômodos e até conflitos entre os moradores.

Segundo Vanusa Vieira, coordenadora de Gestão Total da Apsa em Belo Horizonte, as famílias que têm crianças em casa precisam ficar atentas na hora de comprar ou alugar um apartamento. “Essas famílias geralmente devem observar espaços de lazer para as crianças, com quadras, brinquedoteca, lugar pra jogar bola. Crianças são muito ativas e o ideal seria ter um espaço específico para elas”, afirma.

A coordenadora da Apsa explica também que reclamações em condomínios com crianças são comuns. “Existem muitos casos de crianças correndo em volta dos carros e nos corredores e fazendo muito barulho. Para todo problema com as crianças, o melhor caminho é o diálogo entre elas e os pais em busca de soluções e, claro, respeitar as normas internas de cada condomínio”, resume Vanusa.

Apesar das normas adotadas pelos condomínios para evitar transtornos maiores, a orientação quanto às regras de boa convivência com vizinhos deve vir de casa. Os pais e/ou responsáveis precisam estar disponíveis para ensinar aos filhos os cuidados com o patrimônio comum e o zelo com o bem-estar dos vizinhos. De acordo com Vanusa, o melhor caminho é a conversa. “Desde o começo é preciso que o condomínio deixe claro para os pais, as babás e para as próprias crianças quais são as normas que devem ser cumpridas”, acrescenta.

Em caso de algum vizinho incomodado com barulhos e brincadeiras, cabe ao síndico avisar e notificar os pais ou responsáveis pela criança sobre o ocorrido. Se houver transtornos e o síndico não tomar as providências cabíveis, o condômino que se sentir lesado pode procurar a Justiça para que seja exigido o cumprimento das normas estabelecidas. “A primeira linha que a gente defende é o diálogo entre síndico, pais e os demais moradores do prédio. Só realmente em último caso de extrapolar as normas internas e não houver mais o diálogo o condômino deve procurar meios legais”, explica.

Caso o condomínio não tenha um espaço de lazer específico para as crianças, um local pode ser criado para as brincadeiras dos pequenos. “A decisão pode ser tomada mediante assembleia geral entre os condôminos. Às vezes, há algum espaço no condomínio que não está sendo usado, como salão de festa, por exemplo, que pode ser determinado para as brincadeiras infantis em horários estipulados, se todos estiverem de acordo”, ressalta Vanusa Vieira.

* Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram
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